Thursday, December 31, 2009

optimistas

tenho dias em que pessoas particularmente optimistas irritam-me perfundamente! É que tanto optimismo junto, já soa a irreal! E do irreal à loucura, é um saltinho.

E não é pelas pessoas em si, é pela surdez que às vezes escolhem abraçar de tal modo convicto que não dão espaço para o pensamento crítico e pela procura de soluções!

ARGH! irritam-me optmismos cegos!

Thursday, December 10, 2009

Quero dar descanso ao meu nariz de palhaço!
(tenho sonhos iguais aos de pessoa real)

Sunday, June 7, 2009

Às vezes, não consigo compreender o porquê de tanta maldade, de tanto desinteresse, de tanto egoismo.
Egos demasiado massajados?! Egos demasiado massacrados?! Haverá uma linhagem que devemos não seguir?!
Como distinguir? Onde está a atitude que nos faz abrir os olhos e perceber que é preciso ter cuidado?
Poderemos alguma vez andar desarmados?! Poderemos alguma vez consentir-nos a confiar sem receios? Porque é que sempre que baixamos as armas, nos fazem sentir na derme que elas têm de estar sempre lá: atentas, prontas a disparar, prontas a fulminar, a destruír antes que nos destruam a nós?

A força que precisamos ter para não desistirmos de sermos humanos uns com os outros, é cada vez maior e mais difícil de manter.

Friday, April 10, 2009

Mudanças

Hoje, comecei as mudanças de casa.
Ninguém respondeu aos meus pedidos de ajuda para tal "evento".
25 emails, 15 sms, 40 pax diferentes.
Nem uma resposta positiva.

30 anos de vida, sobra o 0 de amigos na vida.

Estou triste. Estou mesmo muito triste.

Saturday, January 31, 2009

Sombras

Arranquei-me do nosso mundo, apaguei o teu número, fiz um delete às tuas palavras e queimei as tuas imagens. Faço ouvidos moucos aos reis que só dizem coisas inconvenientes e não consigo ouvir o godinho sem sofrer do nervoso miudinho; fechei a 7 chaves a imagem da minha princesa guerreira e passei a vestir-me de vermelho. Só para ficar do lado oposto. Mais longe possível. Retirei à bruta o açucar do meu café e reaprendo a adorar o sabor amargo.
Tenho uma sombra que me queima os pés a cada passada que dou; e pontadas no coração, a cada pop up teu. Destruo os neurónios que detêm as tuas memórias com as drogas mais poderosas que encontro pelo caminho. E nenhuma é forte o suficiente para te aniquilar de vez!
Não quero voltar a cruzar o teu caminho. Não quero sentir o teu cheiro quando o vento traiçoeiro, me faz farejar-te. Sinto os teus pezinhos de lã aqui atrás. Mesmo colado às minhas costas ávidas do teu toque. Cada passada é uma tortura. Cada passada é uma luta.
Camafeu devia chamar-te, quando em sonhos me apareces e ignoras as minhas preces.

Andamos a brincar?! Quando é que me vais libertar?!

Tuesday, January 13, 2009

É um cocktail de ódio e raiva com um "cheirinho" de revolta e muita, muita vontade de torturar!
As proporções são aleatórias, dependem apenas da minha vontade de te amarrar!

Balada da Rita

O coveiro que o diga
quantas vezes se apoiou na enxada
e o coração que o conte
quantas vezes já bateu p´ra nada
Sério Godinho in Pano Cru

Friday, December 26, 2008

Quando é que isto vai parar?! Já começo a acusar o cansaço e a demência vem estender-me a mão.... Quando é que isto vai parar?!

Thursday, December 25, 2008

Natal.... ou lá o que isso é.

Já gastamos o salário e o subsidio de natal (quem tem a sorte de o ter) em prendas que muitas vezes nem são reconhecidas.
Já perdemos tempo e ganhamos cansaço na busca interminável das oferendas natalícias.
Já contribuímos para a felicidade e crescimento da nossa amiga diabetes com a quantidade absurda de comida e bebida que ingerimos nas ultimas 24h.
Já negamos pão e cobertor quente ao inadaptado que nos pede esmola à porta do supermercado onde compramos as iguarias para a consoada.
Já sorrimos e beijamos aquela família que não conhecemos nem nos conhece... mas quer sempre saber tudo.
Já falamos da nossa vida pessoal e profissional àquela tia ranhosa que espera encontrar falhas no nosso precurso para se sentir melhor.
Já explicamos pela enésima vez aos primos da nossa idade que ostentam uma carrada de filhos e a aliança de casamento (tremido...) que continuamos solteiros e descomprometidos por tempo indeterminado (porque é que insistem em tentar fazer-nos sentir inferiores?!).
Já voltamos para casa, sós, com a mala cheia de prendas e o coração vazio de amor.

Feliz Natal... ou lá o que isso é!

Saturday, December 20, 2008

omens! (sem H, maiusculo ou minusculo)

Um quer-me foder, outro nem sequer me quer ver... ou se calhar até via, se soubesse que a seguir fodia. Outro diz que me quer, que gosta desta mulher. Do trabalho importante, uma vez por mês me veria e assim teria a foda que alivia. Outro diz que vem, que demora no máximo 10 minutos a chegar... as horas continuam a contar e eu solitária, a fingir que não há azar.
Dizem eles que devo ter tino, que faço de tudo um exagero.
Mas a mim ninguém perguntou se quero fazer o pino e rejeitar o respeito a que sei que tenho direito.
Sou primeiro pessoa, depois mulher. Pra ti é difícil entender, pra mim impossível não o ser!

Friday, December 19, 2008

Devaneios

caco, farrapo, macaco
solidão doentia,
mente, atrofia
dor indolor, frio sem pavio
silêncio preto, abraço seco
cansaço, picasso,o erro é crasso
entusiasmo do caralho, era uma vez uma carta caída do baralho
furacão sem mão. cavalo sem neto
bicicleta sem pedal
e o pedestal?

Thursday, December 18, 2008

Calma

A próxima vez que alguém me disser para
"ter calma",
é bem capaz de levar com um biqueiro nos dentes. Mas daqueles biqueiros tão bem dados, tão bem dados que não vai sobrar nem o dente do siso para contar como era a vida dentro daquela boca!

Tuesday, September 16, 2008

Pais e filhos

Tenho uns progenitores que todos dizem ser um espectaculo!
Não nego tal afirmação. São bem "à frente para o seu tempo" e até conseguem ser bastante tolerantes.
Mas.... telefonarem 3 vezes por dia e passarem a vida a fazerem visitas surpresa à minha toca, só porque lhes apetece ou porque acham que estou com a moral em baixo... para uma mulher de 29 anos, emancipada e cada vez menos apegada aos seres humanos como sou, a situação é tão desgastante, tão desgastante que por vezes chego a tremer quando o ouço as "fadinhas" a tocar e vivo à espera do momento em que o meu telefone dê o berro e possa finalmente, passar 3 dias sem ter de o ouvir tocar infinitas vezes por dia e sofrer dos reflexos condicionados que aquele toque já criou em mim!
A pergunta impõe-se: como ser assertiva, sem ser confundida com mal agradecida?!

Friday, July 11, 2008

Ela, a coisa, aquela... hum... quem?!

Às vezes a tristeza dela é tão profunda, que nem as lágrimas conseguem aliviar aquela dor.
Não há esquerda nem direita; Em frente ou para trás. Nem sequer há espaço para a diagonal ou para o cimo ou para o baixo.
Simplesmente não se compreende, apenas não se entende.
Não há luz, não existem cheiros, não há tacto, gosto ou sons.
Não há nada.... e o nada, não vai mudar.
A pergunta impõe-se: continuar porquê?!
Às vezes, nem as lágrimas conseguem aliviar.

Sunday, June 22, 2008

Quanto mais convivo com seres humanos, mais me apercebo que a miséria social em que vivemos depende exclusivamente do "zé povinho": tão pequeno e centrado no próprio umbigo.

Sim, cada vez faz mais sentido o meu autismo!

Xiça, que mentes tão tacanhas, que corações tão fetidos!

Wednesday, June 18, 2008

O dia faz-se noite;
da noite nasce o dia.
E eu cá vagueio,
no meio da vergonha e do descrédito
desta coisa a que levianamente chamam vida

Autista

Na solidão infinita dos teus devaneios de vida, continuas isolada do mundo.
A imaginação confunde-se com a realidade e perdes a noção daquilo que vives e do que não passa de um sonho... a "esperança" é somente uma palavra do teu dicionário empobrecido, cada vez mais negro e oco. Os dias passados entre 4 paredes, isolada do mundo por vontade própria (ou não), dão-te o conforto da ausência de perguntas, dos olhares indiscretos, das conversas de circustância e do silêncio que procuras, mas não consegues ter... As centenas de vozes que, sem cessar, sussuram e gritam aos teus ouvidos de tísica. Graves, agudas, estridentes. São histéricas, são loucas e dementes. Doenças dos teus inadaptados. Cada vez mais autoctones do teu mundo. Vozes criadas nos teus momentos de solidão diária: intensos e frequentes como o teu planeta autista não diagnosticado.
Essa cave onde vives, que a cada nascer do sol se entrenha mais em ti e te afasta da realidade que não consegues suportar, que não consegues compreender, que nunca quiseste para ti. Nunca aprendeste a lidar com o real, nunca acreditaste que o real pudesse alguma vez ser: tão cão, tão triste, tão só. Nunca ganhaste a sabedoria de vida e dentro do imponente invólucro de aço que ostentas, esconde-se a palavra que mais temes: frágil!
Onde é que isto vai parar?!
Ninguém tem paciência para gente deficiente!

Thursday, May 29, 2008

Perfeito

Pacheco + Manguito = Perfeição
:D

Wednesday, May 28, 2008

Previsões

Com as couves e a batata para a sopa, D. Zulmira sobe a calçada em passo lento e pesado.
Tão pesado como as dores da sua vida, que queimaram aquilo a que um dia chamaram coração e hoje, não passa duma urna de cinzas sem vontade de palpitar.
Os gatos da rua conhecem-na bem. Duas vezes por dia vai lá dar-lhes os restos da sua solitária sopa... e contar-lhes as novidades que não tem. Inventa sempre uma história nova, que conta com um sorriso rasgado e de olhos desbotados como as memórias doces que teima em não abandonar. Enquanto comem e a ouvem, a anacoreta D. Zulmira alivia a sua mágoa e exercita as cordas vocais que mal se lembram do quanto vibraram em tempos que já lá vão.

Thursday, May 8, 2008

Não há pachorra

Sabemos todos que não devemos desejar, ansiar, sonhar, voar e essas tretas terminadas em ar que, tal como a terminação o indica, são extremamente voláteis, invisiveis e deambulantes.
No entanto, ninguém o consegue deixar de fazer.
(A não ser, talvez, os monges budistas com anos e anos de treino e aqueles a quem a vida já fez o favor de destruir o coração)
Vivemos constamente na corda bamba entre o conforto da certeza e a dor das duvidas e dos "filmes" que o nosso cérebro desenvolve e refina.
Não há pachorra para fingir que está tudo bem. Não há pachorra para pensar: é desta!
Não há pachorra para sorrir durante 5 minutos e fazer cara séria o resto do dia.... isto na melhor das hipóteses, porque há dias que nem se percebe o porquê do acto de sair da cama.
Não há pachorra para correr atrás.
Não há pachorra para arranjar mais desculpas para correr atrás.
Não há pachorra para dizer: oh, que se lixe!
Que se lixe o caraças! Porque a história do mexilhão já conhecemos todos muito bem.
E por vezes ponho-me na praia no meio das rochas e apanham-me juntamente com os outros mexilhões todos! Estou completamente camuflada.
Procuro um vulcão de amor que não sei se alguma vez vou encontrar. Gostava de poder queixar-me de saber o que é isso dos ciumes exacerbados, das flores à porta de casa, do pequeno almoço na cama, das 200000 mensagens por dia a dizerem coisas tão bonitas que me deixam ruborizada... Procuro um cavaleiro andante que se perdeu no século XVIII e aínda não encontrou um corpo onde reencarnar. Será que o vou encontrar antes de servir de alimento pros bichos da terra?!
Será que vou resistir tanto tempo?
Já começo a falar sozinha e nem reparo.
Seco-me cada vez mais a cada dia que passa... o que mais desejo, mais longe está e vivo apenas da memória daquilo que a vida me deu a cheirar em tempos que já lá vão e que por mais que me esforce não consigo recalcar.
A felicidade daquela época, nunca mais a voltei a encontrar.... ou talvez sim. Mas foi durante tão pouco tempo que não passou mesmo disso: um cheirinho para avivar memórias que deviam continuar adormecidas.
A rolha na garganta é uma constante. O corpo anda tão cansado que os pés se arrastam e tropeçam ao subir os passeios. Não conseguem elevar-se mais. Estão cansados e desiludidos da dança entre um e outro. Querem mais dois que os permitam voar. Assim sozinhos, não têm mais forças. Assim sozinhos, são efermos.... e não é pela força que possam ter 4 pés juntos. É pela certeza de saberem que têm onde cair, naquele momento em que por ironia do destino, as forças começam a escassear...
Prisão para uns, liberdade para outros.
É tudo uma questão de pontos de vista.
Onde uns vêm complicação e prisão, outros vêm simplicidade e liberdade
A liberdade do amor para mim. A prisão do amor para ti.
Não há pachorra pra tanta diferença.
Não há pachorra pra tão pouca procura.
Logo eu que passo a vida a vasculhar o lixo em busca de preciosidades que ninguém mais quer.
Os tesouros que se deitam fora.
Como é que se deita um tesouro fora?!
Cansada, muito cansada de não ter. Muito cansada de fingir, demasiado cansada de compreender e dizer: amen.
2 MESES!?
Então e eu?!
Não importa pois não?! Pois eu: não tenho pachorra para monólogos!
Non voglio vederti mai piu!
Non voglio vederti ne anche nei miei incubi!

Friday, April 18, 2008

Olha lá o cirigaita!

Faz-te à vida, parte para outra, viaja, estuda, desaparece!
Por trás da educação, esconde-se um furacão... e sinceramente, não me apetece nada ter de ir aí "mentalizar-te" que é melhor pra ti, ficares quieta no teu canto.
Não brinques comigo, porque há jogos que é melhor nem tentares jogar :D

Thursday, April 10, 2008

O Clero em mim

Hoje, só para aliviar este mau estar interior, fazia uso disto:

(The Iron Maiden of Nuremberg)

Não mata de imediato.

Deixa a vitima esvaír-se em sangue e dor!

Hoje, eu ria-me, como a cólera deste Clero que às vezes se apodera de mim...

Desculpa

A dor que me provocas é acutilante!
Aguda, e fria
Assustadoramente sombria.
O fedor nauseabundo...
Intoxica o meu mundo.
Vomito neste dia
As dores da minha agonia!

O teu umbigo é só teu
Não há espaço para o meu.
Não te quero ver mais,
Não te quero conhecer mais.
Não quero mais sorrisos teus
Não levas mais beijos meus!
Não quero ouvir falar em ti!
Queimo e rasgo as memórias de ti.
Desejo a tua morte em mim
e o fim da cegueira, SIM

Rogo por esquecer-te
Estou cansada de não ter-te
Odeio a esperança que me deste
e todos as alegrias que me ofereceste.
Puxaste-me o tapete
E deixaste a meio o minete.
Desconfio: foi o diabo quem te instruiu?
Vão mas é prá puta que vos pariu!

O teu desprezo
É maior que o meu peso.
A solidão e tristeza
Assentam-me que é uma beleza.
Dores destas não preciso
Eu não volto a perder o siso.
Eu sou assim não tenho culpa.
é pá...como tu dizes: Desculpa

Tuesday, March 25, 2008

Duvida

Para quê tentares dar o teu melhor,
se o teu melhor é pior do que o medíocre instituído?!
CORAÇÕES AO ALTO

Aos Deuses que veemente anseio a existência real,
À Mãe que comanda a vida de todos os que nela habitam,
A mim que por aqui deambulo numa perdição sem igual...

Rogo de joelhos no chão, de coração desfeito e mente esfacelada
Que arranquem de mim todo o amor que aínda posso ter pra dar.
Que me ceguem os olhos da ilusão,
Que indiquem o caminho para a minha estrada
E me acorrentem os pés ao chão

Friday, November 30, 2007

Será Possivel

Será possível mudar o destino que te calhou?!Falaram-te em justiça Karmica.... andares vidas a pagares por erros de outras vidas... justiça... que é isso? O que é justo? Será possivel ter descanso?! Esperança.... palavra criada por monges e tementes a Deuses, para mascarar a visão fria e real do mundo fungico que nos rodeia.Levar chapadas quando dás festas?! Pagar caro por feitos que desconheces?!Lutar todos os dias, para que a tua vida mude, em vão?!Esperança... para quê?! Talvez seja para a queda ser maior e padeceres duma vez só. Ao menos isso: sem alternativa, sem hipotese de fuga, sem hipótese, sem alternativa: o fim. Os anos passam e nada muda. Tu não mudas, os outros não mudam, a vida parece que muda, mas só de espaço. No fundo: tudo igual. Imutavel! Só o corpo muda, envelhece, retraí-se, encarquilha, enrola cada vez mais... cansado do peso que transporta nas costas, com as peles moles e caídas; já não vêm motivo para se manterem de pé e luzidias. Para quê?! Preto, escuro, monótono, igual, sempre igual! Voltar à casa da partida e desembolçar 2000 escudos. Não adianta. Não há mudança! Remar contra a maré. A prisão, disfarçada de tentativa de mudança. Um dia depois do outro, a escuridão cada vez mais profunda, a cegueira... nao sabes ler com as mãos. Não sabes, não tens hipotese, não adianta. Tudo igual, sempre igual, piorando progressivamente a cada tentativa que fazes de mudar. Todos os dias pior, pesado, fétido, nojento. Sem hipotese. Sem luz, sem cor. Será possivel mudar?! Será possivel?! Deves ter sido uma raínha dos céus em outras vidas. Não adianta o trabalho que fazes, não adianta o esforço, o empenho... tudo na tua vida acaba igual: mal ou fica pendente. Nada que tu faças irá altera-lo. Deixa-te de ideias, desprende-te de ti. Ignora-te. Não vales a pena! Nunca valerás, nunca saírás da "cepa torta". Futuro igual ao passado e ao presente é o que te espera. Podes lutar o que quiseres, mas só te cansarás. A vida é dos audazes, eu digo-te que a vida é dos sortudos. Audácia é para quem tem sorte, burrice é para os outros todos. Esgotas o teu corpo diáriamente e a tua mente já nem te reconhece, depois da tua luta constante para que "dê certo", para que "seja desta", para que tenhas o feedback, o embalo, para que possas finalmente descansar..... esgotas em vão, rebentaste em vão. Não estas destinada.... Disfarças o dia a dia com os teus sorrisos. Tentas enganar o teu próprio cérebro. Já não sabes viver doutra forma. Tantas vezes te disseram para teres calma. Tanta vezes te disseram para seres positiva, que o teu corpo só sabe viver dessa forma. O sorriso aparente, para evitares que mais uma seta acerte no teu corpo. Todo furado, todo pregado, martelado... carne picada à espera que o vira latas ali da esquina o degluta duma vez. Será possivel, vires a ter um dia de descanso? Será possivel ter um dia perfeito? Será possivel ver umas horas de tranquilidade em que tudo bata certo, em que tudo seja serenidade?! Não sei se esse é o teu destino. Pagas caro uma vida passada que desconheces. Ou então pagas caro erros do passado. Mais caro do que te apercebeste ter errado. Esquece, morre, nao adianta. Para ti, tudo é possivel..... ver, mas não viver. Não te esqueças, não te eleves, não sonhes, não voes. Ñão adianta! Há destinos impossíveis de mudar e o teu, há muito que faz parte desse rol.

Wednesday, November 28, 2007

Quero

que o mundo se foda todo! numa canzana de meter nojo até aos mais libertinos!
quero que me deixem em paz
quero que não me digam para ter calma
quero que não me olhem, que nem sequer pensem em mim!
quero que me esqueçam, que me ignorem, que me apaguem da memória!
quero ficar só, no silencio branco da paz daqueles que vivem no mundo à parte.
quero que não perguntem sobre mim
quero se fodam todos os que acham que sabem mais!
quero se fodam as opiniões, as sugestões, as palavras alheias e as vontades dos outros
quero que me deixem estar aqui no meu canto sossegada, ao meu ritmo, à minha velocidade, com as minhas vontades!
quero que me compreendam ou então que nem me sequer me olhem pelo canto do olho! e que levem com eles as suas ideias e energias de quem pensa e vive dum modo que já não encaixa em mim.
quero que se cruze no meu caminho mais gente como eu!
quero não pensar na vida, nas pessoas, no mundo!
que me deixem em paz
quero que olhem à volta e vejam para além do trivial.
quero novidades, actividades empolgantes, vida activa!
quero sol! muito sol!
quero a noite para dormir e o dia para viver!
quero calor, quero paz, quero que me deixem em paz
quero que fodam todos os que discordarem
quero convites, muitos convites!
quero jantar fora, quero ter o prato de comida pronto à minha frente!
quero que se fodam as ideias preconcebidas e as desculpas da ignorancia.
quero carinho, afecto, compaixão, compreensão!
quero mais, muito mais ou então prefiro o nada
quero paz, o branco, o silencio, a tranquilidade,
quero flutuar naquele mundo que busco incessantemente! quero encontrá-lo já!
quero viver naquele mundo que imagino.
quero saír daqui! esquecer tudo o que ficou pra trás. não pensar, não ouvir, não saber, não imaginar!
quero abraços, quero passeios, quero dia, quero luz, quero vozes tranquilas, quero afecto. TODO o que exisitir no universo. Quero um abraço gigante, sem palavras, sem som, sem olhares, sem intenções.
quero saude, muita saude
quero uma festa surpresa como aquelas que já dei a tantos! quero surpresas!
quero carinhos, quero afecto, quero festas, quero ver-te a ti e a ti a ti e ati a amar, a fare coccole a quem passa.
quero ouvir histórias bonitas, palavras doces, atentas, cuidadosas, cheias de colo, de cuidados...
quero equilibrio a tranquilidade
quero que me deixem em paz! quero que me dêm paz ou então não quero nada!nada! NADA! NADA!

fodasse!

Monday, November 19, 2007

Tou Bom

"Pensando nesta vida
que em destino me calhou
procura-se um herói
e eu juro que não sei se sou

E a canção chega então
ao optimista refrão
meu bombom
azedou
mas tou bom tou bom,
tou bom tou bom, tou!"
Sérgio Godinho in Rivolitz

Wednesday, October 3, 2007

Embalo

Já passaram quase 20 anos e esta menina aínda continua a embalar os meus momentos de relax no sofá.
Tão bonitinha :D

Tuesday, October 2, 2007

Frase do dia

"Estatísticamente falando, até os vegetarianos comem carne!"

lolololololol
Comecei o dia em grande!
É por estas e por outras que adoro estatísticas ;)

Thursday, September 27, 2007

Simone de Beauvoir às voltas no túmulo!

Há coisas que realmente me tiram do sério.

Talvez fruto da educação que tive (nada a haver com puritanismos), talvez seja apenas o meu mau feitio a falar mais alto (acredito que não há defeitos, mas sim feitios e pontos a trabalhar)... mas honestamente acho que somos todos responsáveis pelo mundo em que vivemos e pelo estado em que ele está. Temos todos de trabalhar para que haja igualdade de oportunidades e somos todos obrigados a respeitarmo-nos e a respeitar os outros. Somos obrigados a dar o nosso melhor e a contribuir para a solução de muitos males que, frequentemente, desculpamos como "culpa do governo"


(olha a rolha a saltar...).

Pois hoje, quando fui por gasolina no carro, cheguei à bomba e dei com um aparato "maravilhoso" promovido pelos pneus Continental.

Na entrada da porta para a zona de pagamento estavam duas belas moçoilas, louras de olhos claros, pele sedosa e vivaz a promoverem a segurança rodoviária. Até aqui tudo bem! Todos nós temos de lutar pela vida e as promoções são sempre um bom biscate...

Mas, o problema surge quando começo a descer os meus olhitos - que estavam fixados nos cabelos louros das meninas... - e me deparo com uma t-shirt branca justissima, uns calções vermelhos daqueles de bochecha do rabo à mostra, umas brutas dumas pernas rijas, isentas de celulite e com um ar de quem aínda frequenta a praia e para terminar em glória o sapato de agulha "vermelho verniz das unhas".

E isso sim, tira-me do sério!

Não tenho problemas com o uso desse tipo de indumentária (até porque se tivesse um par de pernas daquelas a mini-saia seria uma das milhas melhores amigas).... mas à noite, para saír, para uma festa, para o convívio com os amigos, enfim para o lazer.

Agora para trabalho?! PARA TRABALHO????

Imagino logo a Simone de Beauvoir às voltas na tumba ou a nossa Maria de Lourdes Pintassilgo que nem um funeral com honras de estado teve a deitar as mãos à cabeça de aflição!!!

É que nós, mulheres, há muito que lutamos por um lugar no mundo onde sejamos vistas como pessoas e não um género com todas as implicações fisiológicas e fenotipicas! Há muito que lutamos para semos ouvidas e consultadas. O direito a voto! Um salário igual ao do sexo oposto, ou o direito a engravidarmos sem sermos dispensadas do trabalho.... ou podermos dizer, estou mole e cheia de dores menstruais sem pensarem que somos fraquinhas (amigos, estamos a perder SANGUE durante dias seguidos! Qual chuck norris, qual quê!) E já nem falo de outras culturas mais fundamentalistas onde são usadas atrocidades como apedrejamentos até à morte caso saltemos a cerca ou da famosa "mutilação genital feminina".... (poderia continuar mas não tenho tempo)

E depois, vêm estas miudas para a rua, detentoras de corpos esculturais que, em vez de dizerem "I have a brain" (in Sexo e a Cidade, por Miranda) e imporem algumas regras de respeito POR ELAS PRÓPRIAS, ficam todas histéricas de felicidade porque passam a vida a ouvir piropos de machos cuja unica intenção é a de "cuidarem" das lolitas! Só me apetece citar o Gabriel o Pensador...

Só posso dizer: ANOS de luta infindável, para depois presenciar estas coisas... tsc tsc tsc

Deixo aqui um pensamento da nossa unica Primeira Ministra (governo provisório em 1979, que orgulho):

"O feminismo não é uma luta das mulheres contra os homens. É a luta das mulheres pela sua autodeterminação. É o processo de libertação de uma cultura subjugada, é a conquista do espaço social e politico onde a mulher tenha lugar”. (By Maria de Lourdes Pintassilgo)

Wednesday, September 26, 2007

Visita de médico

Não tenho tido tempo para atirar palavras por estas bandas.
A "Bio Aqui Tão Perto" já inaugurou e até ao final do mês, não devo conseguir dedicar-me a mais nada para além da lojinha.
Mas, na semana passada, houve duas frases de duas pessoas diferentes que ficaram no meu coração. :D
E como sei que tenho memória de peixinho dourado, não posso deixar de as escrever aqui... mais dia, menos dia, vou acabar por ler o blog todo outra vez e sentir as mesmas emoções daqueles momentos que, provavelmente, já estarão esquecidas
Defino esses momentos numa unica palavra.... PAZ :D

M: Tu chegaste a acabar o curso?
P: Não....
M: Mas falta-te muito?
P: Uma cadeira e não vou acabar.... (olhar envergonhado)
M: Oh, também isso não interessa para nada. Não te preocupes :)
P: .... (silêncio).....- e um sorriso interior de orelha a orelha
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A: Vai em frente porque na pior das hipoteses vais aprender imenso!

Já tinha pensado em coisas como: "mais vale arrepender-me daquilo que faço, do que daquilo que não faço"; "só se vive uma vez"; "quem não arrisca, não petisca" e " em ultimo caso, se tudo correr mal, atiro-me ao rio"..... (sim, sim, sou tendencialmente dramática. Descendo duma familia de artistas, o drama corre-me nas veias ;))
Agora.... "na pior das hipoteses vais aprender imenso" é que nunca me tinha passado pela cabeça! E é uma das frases mais confortáveis que ouvi até hoje! :D

Tenho a noção que sou demasiado exigente nas minhas relações pessoais. Ralho, zango-me, exijo e até chego a julgar actos que não estão em conformidade com as minhas convicções (mas afinal, quem é que não o faz?!)! No entanto não me esqueço de palavras boas que me dizem assim... vindas do nada!
O mais certo é estas duas meninas não fazerem a menor ideia do conforto que me deram naqueles momentos! Talvez nunca o venham a saber nem sequer a aperceber.
Rio-me.....
Atrás do muro das exigências esconde-se a avidez das palavras doces....
Onde um grão de açucar toma a dimensão do leite condensado :D

Tuesday, September 18, 2007

Saudade

Não estou a queixar-me dos tempos de agora. Longe de mim tal ideia! Ando tão radiante que se fosse cardíca já tinha morrido com um enfarte. Vivo tempos muito desejados e esforcei-me mais do que pensava conseguir para chegar a este momento
Mas..... (há sempre um mas ;) )
Hoje bateu-me aquela saudade de começar do zero, num sitio onde ninguém sabe quem sou nem quem fui... de reinventar-me da forma que me apetecer e ter de passar a vida a dizer: "olá, sou a Pipas e tu?"
Bateu-me a saudade de não conhecer o meio que me rodeia, de me perder, de procurar, de perguntar, de conhecer outra lingua, cultura, gastronomia... (nhami). De ver tudo com olhos de inocência e ignorância, como se tivesse acabado de caír ali, vinda do nada. Da mochila às costas com roupa de Verão e Inverno misturada; da outra mochila cheia de livros e canetas e retratos e papelinhos e recordações de "pedaços meus" que ficaram lá, nas suas vidas.
Bateu-me a saudade da aventura, das correrias, da procura da casa e de compreender as leis alheias (esta parte é fácil... nem as nossas consigo compreender ou conhecer, lol), dos combios e dos aeroportos; das idas ao posto de turismo perguntar: o que é que se faz aqui? tem um mapa da cidade? há programa cultural?.... Senti saudade de me sentir estrangeira, de perguntarem pela minha cultura e poder ficar horas a fio a falar sobre as minhas raizes, com os olhos brilhantes de orgulho e saudade.
Bateu-me a saudade de não compreenderem as minhas piadas porque o humor daquela cultura é diferente....
Enfim, bateu-me aquela saudade de EMIGRAR :)

Saturday, September 15, 2007

Em verso

Oh vida que vais tão alta
agitada como um tornado,
mantém-te próspera e entusiasta,
mas dá-me um dia sossegado
Força aí, já falta pouco :)

Thursday, September 13, 2007

Era doce :)

Será que algum dia, nós donos de cães, poderemos vir a perguntar aos pais das criancinhas que se chegam aos nossos canídeos:
- Faz mal? Puxa-lhe as orelhas?
Ou então, poderemos vir a dizer coisas como:
-Cuidado Stimpy, não te chegues que ela/e pode puxar-te o rabo!
Sem levarmos uma resposta torta ou uma chapada nas trombas?

É que eu, tenho sempre de ser educada e compreensiva com os pais que fazem essas perguntas ofensivas sobre a minha cadela.... ;)

Monday, September 10, 2007

Convenção

Estive a pensar (esta cabeça massacra-me, hehehe) e no fundo, não sei se sei verdadeiramente o que é um Amigo e uma Amizade.
Pergunto-me: qual a definição destes dois sentimentos segundo o dicionário? Há dicas de comportamentos a tomar?! Sentimentos a expor e a alimentar?! Há regras?! Limites?! Quando é que passamos de "amiguinhos" a amigos?! Afinal é uma relação a 2 ou apenas um monólogo do nosso coração?!
Tenho as minhas ideias, mas parece-me que são um bocado deturpadas e muito pouco compreendidas..... por isso, fui ver o que está convencionado

Assim, segundo esta fonte, eis as
definições oficiais:
AMIGO: s. m., o que quer bem;
adj., favorável; partidário; aliado; afeiçoado; que tem amizade.
AMIZADE: s.f, afeição; amor; boas relações; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência.
Acho que fiquei na mesma...
Alguma sugestão?!

Sunday, September 9, 2007

"Roubaram-me o Portátil"

Fui parar a uma piscina onde já tinha estado num sonho anterior.
Uma piscina com tanques interiores e exteriores ao estilo da Municipal de Vila do Conde, mas com a diferença das piscinas interiores estarem todas dentro de salas grandes, distribuídas do lado direito dum corredor enorme, branco. Do outro lado, viam-se as escadas de metal que desciam. Não sei onde iam dar, mas parece-me que era à saída.
Abri uma porta e lá estavam uma carrada de miudos a nadar (sem professor) de um lado para o outro. As toucas eram predominantemente azuis e todas daquelas que não arrepelem os cabelos. Depois abri outra: a mesma coisa mas com velhos.... e depois abri a última: 2 pessoas de touca azul que apareciam e desapareciam. A piscina não era maior do que o meu quarto. Não tinha touca e a minha irmã também não.
Apetecia-nos dar um mergulho, mas sem touca era dificil... De certeza que nos iam apanhar e não me apetecia nada ouvir um raspanete com razão. Ela arriscou e atirou-se à água para dar um mergulhinho. Eu não arrisquei tanto. Estava aflita com o sitio onde deixar o telemóvel. O único lugar disponível era um murinho azul claro depois de uma poça de água para lavar os pés.... fiquei ali a matutar e entretanto ela saiu da água. Tudo correu bem.
Saímos de lá.
Ao batermos na porta, reparamos que estavamos num bar de madeira escura. Também já lá tinha estado noutro sonho. Estivemos ali dum lado para o outro. Havia uma piscina enorme no meio, rodeada de uma estreita camada de relva verde (presumo que fosse sintética). De um dos lados, uma loja de souvenirs e material para a praia. Mais à frente uma perfumaria e depois um café.
Tomamos um gelado e decidimos descer em direcção à festa. Saímos do bar (que não tinha porta) e descemos uma rua muito inclinada, como se fosse a R: do Amparo ou da Rampa da Escola Normal. A minha irmã andava mais depressa do que eu (o que é raro), passamos um casal que se beijava e quando chegamos ao fim da rampa, lembrei-me que tinha deixado o portátil em cima da cadeira. Tinha lá tudo, incluíndo a carteira!
Com a aflição disse à Rita: vamos já para cima e a correr!
A rampa era mais inclinada aínda, a velocidade das minhas pernas não correspondeia à desejada. Parecia que andava a correr dentro de água. Mais uma vez a Rita sprintou e ultrapassou-me... Lembro-me de pensar que tinha de ir para a ginástica.
Contemporaneamente, no sentido oposto, descia a correr um preto todo vestido de beje ou caqui, como se fosse um colonial. Tinha um chapéu.
Continuei a subir. Como custava!
Encontro a cadeira onde tinha deixado o portátil. Lá estava a mala do computador e a carteira que era de por à cinta, como se usava nos anos 80.
Que alívio!
Abri a mala do portátil e... nada. Estava vazia! Tinham levado o computador, a internet móvel e o carregador de bateria. A carteira de pôr à cinta só tinha ficado com o porta moedas. Não levaram dinheiro, só a carrada de facturas que lá tenho guardadas para a loja e a minha carta osho para 2007.
Já era de noite. Controlei-me um pouco para não fazer escândalo. A Rita já tinha desaparecido e fiquei ali sozinha....
No computador tinha todo o meu trabalho dos ultimos 3 anos. Não tinha qualquer backup dos meus trabalhos sobre vegetarianismo, os workshops que recebi e dei, nem das fotos. Além disso, o computador é da minha irmã e só conseguia imaginar o meu pai aos berros comigo:
-Como é que te pudeste esquecer assim do computador?! - conseguia imaginá-lo perfeitamente.
Desço as escadas de madeira, em direcção à parte debaixo do bar. Soturno e cheio de gente, pretendo que os donos fechem a porta que agora já existe.
Ninguém sai de lá. Alguém deve ter visto o sucedido. Há que inquirir toda a gente.
Explico-lhes que tenho lá a vida e que não me importo de pagar para reaver o portátil. Sinto-me revoltada, frustrada, capaz de matar. "O dinheiro custa-me a ganhar! Vão mas é roubar as grandes potências" - penso eu enquanto o ódio cresce exponêncialmente dentro de mim.
Saio à rua (tipo bairro alto) e ando ali a correr à velocidade de caracol à procura de alguém com ar suspeito.
Dentro do bar/piscina, uma senhora diz que sabe quem roubou. Dá a descrição do homem (não me lembro qual era) e alguém liga para casa, a ver se o familiar em questão está disposto a devolver o material que não lhe pertence.
Ao que parece, o ladrão suícidou-se. Atirou-se ao rio, não se sabe porquê.
Ninguem chora, nem há qualquer tipo de alarido.
Peço à pessoa que está ao telefone para mandar trazer cá o computador. Comprometo-me a não denunciar ninguém. Só quero o material de volta. Imaginar a recriminação do meu pai consome-me mais do que a perda do trabalho. Estou mesmo aflita! Nervosa, ansiosa, revoltada e com muita, muita raiva!
Chegam os primos do falecido ladrão. Todos má onda, todos má fila.
Puxam-me com a pistola de pôr gasolina para a beira deles. Pedem-me para a segurar. Digo que a vou roubar, a ver se gostam. Eles riem-se.
Continuo a mandar bocas. A minha vontade é esfola-los vivos e se possível regar as feridas com álcool ao mesmo tempo!
Peço-lhes o computador e explico-lhes que eles não têm a noção da importância que aquilo tem para mim. Nem ouvem....
Estão todos do lado de fora do bar. É de noite. Estão encostados ao muro, o chão é de paralelepípedo e há algumas folhas verdes a saírem do outro lado do muro.
Entro no bar, enquanto decidem se me devem devolver o portátil ou não.
Desço 3 degraus. Dou um murro no tecto que é muito baixinho e cai-me um bocado do tecto em cima do braço. Dois quadrados da tijoleira que o tapava, para ser mais precisa.
Vejo os canos, as telhas e os barrotes que o sustentam.
QUE NERVOS! Venho-me embora para trás.
Agradeço a toda a gente que está à volta pela ajuda que me deram. Dou abraços, festas nas bochechas alheias como o dedo indicador dobrado em gancho. Algumas peles são mesmo macias.
Tenho vontade de chorar, uma rolha na garganta. Mantenho a pose.
Os primos do ladrão, vêm ter comigo. Decidem passar-me o portátil para a mão. Ligo para ver se é mesmo o meu.... afinal não.
Riem-se e pedem desculpa. Não sabem onde o encontrar, pois a única pessoa que podia ajudar, já não está entre nós.
Senti-me impotente, revoltada e farta daquilo tudo. Foi então que acordei!

Aínda estou meia abananada com o sono desta noite!
Será que alguém me consegue explicar isto?!

Friday, September 7, 2007

O Caso das Criancinhas Desaparecidas

Não, não venho falar do caso da "pequena madie", até porque sempre me revoltou o mediatismo à volta desta história toda (isso dá direito a um post inteiro: é uma rolha que aínda tenho de sacar).
Venho falar dum livro que me marcou profundamente e que um dia, quando aínda estudava em Vila Real, caí na asneira de emprestar a uma pessoa que nunca mais o devolveu.
(o meu pai sempre me disse: livros, não se emprestam!!! Devia ter estado mais atenta a estas palavras, mas enfim)


"O Caso das Criancinhas Desaparecidas" foi escrito por Luíz Pacheco, um dos melhores escritores portugueses de todos os tempos (na minha modesta opinião), cuja vida foi marcada pela miséria e pela honestidade (quase) insultuosa para com o mundo. Foi escrito num dos períodos mais duros da sua vida e a linguagem é de tal modo clara, verbal, explícita e bárbara (sorry babe, mas teve de ser) que se torna impossível pensar em pousar o livro e/ou não ficar afectado pelo seu conteúdo.
Definitivamente, é um dos livros da minha vida!
Só o li uma vez, nunca mais vi nenhum à venda (já corri livrarias, alfarrabistas, feirinhas e afins) e ando com uma vontade de o voltar a ler que nem imaginam!

Assim, serve o presente post para anunciar um pedido:
Tu, ser humano que lês atentamente estas palavras, que sabes o quão precioso pode ser um livro e compreendes este meu desejo ardente, se vires este livro à venda num sítio qualquer ou tiveres uma cópia em casa que já não queiras, por favor contacta-me através do mail ou deixando aí um comentário. Não hesito em comprar o livro, seja em que altura for, ou em que zona do país for (miaus, ebays, amazons e afins não têm. Já procurei ;) ).

Muito obrigada pela colaboração!
Um abraço sem pontapés no queixo,
Etelvina :D

Thursday, September 6, 2007

Mais uma para as estatísticas!

Ouvi agora na RTP2 que existe, neste momento, um Universo de 100000 mulheres empresárias em Portugal!
Mais de 1/3 das propostas de empreendedorismo apresentadas nos ultimos tempos foram feitas por pessoas do género feminino...
E eu sei que, em menos de uma semana, haverá mais uma para juntar às estatísticas..... ;)
Que orgulho :D


Aqui ficam alguns links que podem dar uma mãozinha às meninas que arriscam, mesmo tendo medo do escuro ;)

Km aos esses....

-E o juízo?!
-Hum... Deixei-o no bolso das outras calças..

Estes "cafezinhos" prolongados saem sempre demasiado caros... heheheheh.... cof, cof.... hum, hum...

Wednesday, September 5, 2007

Sintonias procuradas

Todos nós temos na vida aquela pessoa que amamos incondicionalmente!
Aquela a quem damos o que temos de melhor, aquela que faz brilhar os nossos olhos quando a imaginamos... para já não falar de quando a vemos!
O sorriso inconsciente e incontrolável... :D
Todos nós temos na vida, uma pessoa a quem desculpamos tudo e mais alguma coisa... porque o amor é cego. De quem preferimos levar chapadas atrás de chapadas a correr o risco de ficar sem ela por outra razão que não seja a morte.
Todos nós temos alguém que, mesmo sem saber, nos orienta. Mesmo sem o querer é indispensável; porque nestas coisas do coração, por mais alto que a cabeça grite e berre, é sempre o músculo do "tum-tum; tum-tum" que leva a melhor.
Eu tenho uma pessoa assim.
Que me tira o sono noites a fio, que me descontrola e me põe fora de mim, que me pode pedir para não dormir durante 3 noites seguidas para a ajudar num trabalho qualquer que está atrasado. Que põe o meu espírito frenético quando chega a altura das festas de Natal e Aniversário.... na procura da prenda perfeita, que o faça sorrir de plenitude...
A resposta do meu ser é qualquer demanda que me faça é: SIM, sem qualquer tipo de hesitação ou exigência...
Curiosamente é o primeiro ser a humilhar-me em publico, a acusar-me de falta de carácter, a mentir sobre o que sou e que nunca acredita que os meus sonhos e ideiais são executáveis. É incapaz de admitir erros e envergonha-se quando abro a boca. Incapaz de me aceitar como sou.
Por mais que me esforce e treine a mente, não consigo distancia-lo do meu coração.
Parece-me absurda a ideia de deixar de comunicar. Não vale a pena perder esse tempo.... não somos eternos e o amor por vezes atraiçoa-nos e não passa com a distância...
Reinvento-me de milhares de formas diferentes vezes sem fim. Leio artigos que não me interessam para poder ter um tema de conversa do seu agrado. Para conseguir ser interessante, cativante; para poder estar lá, ao seu lado...
Mas por mais que me esforce, não posso negar o que sou e o que gosto. O que sonho e idealizo e atiro-me de cabeça num projecto que acredito, que vejo com olhos de intervenção e que me faz sentir realizada só de imaginar nos frutos que podem ser produzidos a partir dali.
Ali sei que vou ser feliz.
Ele ri-se em tom trocista e diz que nada daquilo tem futuro... eu não tenho futuro...
Mas eu acredito no projecto.... na sua importância... no meu bem estar.... eu tenho de arriscar!
Já não peço ajuda, nem me atrevo a pedir a famosa "benção", queria apenas que não rogasse maus presságios. Nem pensa nessa hipótese. aquela cabeça tem a certeza que deste lado, nunca sai nada de bom.
Venho-me embora rastejante, pensativa sobre o que resta mim.
Colo-me à tv na esperança de deixar de pensar ou então de me vir uma iluminação divina que pelo menos me acalme.
Em som de fundo chega um pensamento alheio, que pelo menos me faz adormentar:

Mesmo o pior de todos os erros, é sempre melhor do que não tentar!

amor, amor, amor

Tuesday, September 4, 2007

Desafio!

Desde sempre que deliro com estas coisas dos testes e desafios ao estilo voyeurista.
Por isso, cá vai a minha resposta à provocação alheia ;)

Desafio:
1.Pegar no livro mais próximo
2. Abrir na página 161
3. Procurar a 5ª frase completa
4. Colocar a frase no blog
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar o mais próximo)
6. Passar o desafio a cinco pessoas

Curiosamente, ontem fui buscar alguns livros para a lojinha nova (adoro coíncidências), por isso tenho aqui ao lado um caixote cheio deles ;)
Aqui vai:

"Outras espécies desenvolvem também novos padrões de comportamento em resposta a novas condições"
in "O Cálice e a Espada" de Riane Eisler, ed. Via Optima

Como o "Saca Rolhas" aínda é um blog meio secreto, passo o desafio a todos aqueles que vierem cá dar uma espreitadela ;)

Monday, September 3, 2007

Entendi!

Cheira-me (do sentido: olfacto) que está a chegar a Primavera!!!!
Afinal é simples: andamos 6 meses para à frente e as estações voltam a bater certo ;)
Cá para mim, aínda vamos ter um Natal como os brasileiros... Praia, branco e muito, muito calor!!!

(estou para ver o quanto eu me vou rir a ler este blog daqui a 10 anos...)

Saturday, September 1, 2007

Corrida Red Bull

Nos ultimos dias, a cidade Invicta anda num alvoroço completo. Não se trata da festa do S. João ou do Porto campeão, mas sim dum evento Internacional de grande "gabarito", que move multidões. Falamos da afamada Red Bull Air Race 2007.

Corrida essa que consiste numa carrada de aviões de pequeno porte, conduzidos por pilotos com mais de 20 anos de experiência, a velocidades médias de 400 Km/h, que se divertem em acrobacias loucas sobre o nosso histórico rio vinhateiro.

Da loucura e excitação das acrobacias, nem adianta falar. Estamos perante aquele que deve ser um dos sonhos mais antigos do Homem: VOAR.... (aínda no outro dia sonhei que voava).
E até compreendo +/- as 250000 pessoas (sim, sim, o numero é oficial) que se deslocaram ontem às margens do rio Douro para verem os treinos dos tais aviõezitos acrobáticos enquanto sonhavam em ser pilotos aviadores.
Mas a verdade é que a adrenalina a sério, só os 13 pilotos é que conseguem disfrutar. Nós, comuns mortais, não podemos mais do que sonhar...

Ok, cada um sonha à medida daquilo que a sua personalidade e conhecimentos lhes permite. E quem sou eu para dizer algo sobre isso: os meus sonhos são aínda mais audaciosos do que ser piloto de máquinas voadoras.
Mas tenho de soltar a rolha que me me está a tapar a garganta.

Falamos dum evento em que os bilhetes, esgotados há mais de 15 dias, oscilam entre os 60 e os 600€. Um evento que, supostamente, traria muita gente estrangeira à Invicta e seria um modo óptimo de divulgação da cidade (assim como o Porto 2001). Facto é que o Aeroporto Sá Carneiro não registou alterações de afluência, e os hóteis e pensões da zona não ganharam quase nada com isso.
Podemos também falar dos 700m pista alcatroada construída de propósito para o evento, no Parque da Cidade.... E que tal plantarem 700m árvores pela cidade?! Ok, já estou a pedir demais, eu sei.

Mas a brincadeira não pára por aí... hehehe
Em leituras sobre o evento (sim, andei a pesquisar para poder criticar), soube que a Organização do Red Bull Air Race 2007 Porto "desistiu de pagar o plano distrital de protecção civil, tal como inicialmente acordado". Não esperamos nenhum acidente (nem quero imaginar) mas.... é impressão minha ou esta atitude é bastante incorrecta?! Será que há algum plano de protecção?! Quem o terá pago?! Cheira-me que dei o meu contributo à força... ;)

Isto para não falar das litradas exorbitantes de gasóleo que estes meninos vão consumir em 3 dias. Estamos numa era em que só se fala de aquecimento global, poluição, quitoto, etc... e o preço do petróleo está nos valores que todos conhecemos de cor e salteado. Será que sinto alguma incongruência?!
E já que estamos numa de ambiente... além do barulho ensurdecedor (estive 6 horas a trabalhar ao som de vrrrrrrrrrrrruuuuuuuuuuuuum, vvvvvvrrrrrrrruuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmm.), experimentem olhar para o céu e verem as nossas aves todas atónitas de um lado para o outro em busca dum refugio ;)

Decididamente, não gosto deste evento!
Quanto àqueles que estão tristes por não o poderem ver este ano, não se preocupem. Eles voltam em 2008 e 2009 :(

E pronto, já saquei a rolha! Ufa, que alívio! :D

Friday, August 31, 2007

O Rei Vai Nu

"Viva quem muda
sem ter medo do escuro
o desconhecido
é irmão do futuro
viva quem ama
com o coração aos saltos
e mesmo assim vence
os seus altos e baixos
e altos e seus sobressaltos"
Sérgio Godinho in Canto da Boca

Continuo a descobrir coisas novas a cada momento que passa.
Continuo a viver emoções tão fortes como na adolescência.
Sei que vou continuar a vida toda a entregar-me assim, relembrando-me a cada momento o quanto tudo vale a pena :D
Ai o mestre, ai o mestre.... que tem sempre umas sábias palavras a acrescentar ;)

Thursday, August 30, 2007

Embalo

A banda sonora da minha semana mágica de 2007 (até ao momento)
Quase um mês depois, aínda ouço as gaitas quando deito a cabeça na almofada... e sorrio :D

Chin glin din, din, din, din..... :)

Wednesday, August 29, 2007

Duvida

Será que hibernei e estou em Novembro?!
Relembrem-me.... em que estação do ano é que estamos?!

Monday, August 27, 2007

Desiderio

SORTE CLAREZA
TRANQUILIDADE
CONCENTRAÇÃO
MOTIVAÇÃO

Sunday, August 26, 2007

Prendita gostosa

...
Ele abriu o mealheiro que encheu de moedinhas pretas e disse-me:
- Toma, juntei isto pra ti. Vai lá reivindicar qualquer coisa! ;)
Eram 2,5€ em moedinhas de 1 e 2 centimos... :D
Realmente há pessoas que sabem mesmo como nos agradar ;)

Saturday, August 25, 2007

Lentes mais ou menos graduadas!

Descrição das personagens:
Ele: jobein de 28 anos, trabalho muito bem remunerado, vive em casa dos pais sem pretensões a saír de lá. Sonha com farra atrás de farra. Fiesta e foguetes
Ela: jobein de 28 anos, salário mínimo nacional, emancipada há uns bons anos e sem intenções de alguma vez voltar a casa dos progenitores. Sonha com marcar a diferença. Fazer algo pelo mundo e pelas suas diversas componentes.

ela: confesso que já estou farta da rotina das farras. Continuo a saír para dançar mas hoje em dia, quem me tira umas boas tertúlias, tira tudo.
ele: Oh eu bem sei como isso funciona. Lá em cima o povo juntava-se todo para umas cevejitas em casa, umas cartas, umas diversoes caseiras do genero, eu ja passei por isso!
ela: pois....
ele: agora temos maior magnitude de programas, não posso falhar a isto! Sou um homem do exterior, do mundo! nao tenho propriedade!
ela: heheheh.... então estás a dizer que não sou uma mulher do mundo?
ele: E velha!
ela: lololololololololol.

É impressão minha ou anda por aí muita gente desorientada?!

Thursday, August 23, 2007

Olhe, faz fabôre....

É uma tosta de queijo e tomate com oregãos e um sumo de laranja natural aqui pró lanche da menina!
hum.... Estou cá com uma larica....

Quero férias!

Bocejo.
Esfrego os olhos em jeito de mimo preparativo para outra noite de sono revigorante... no entanto, acabei de acordar.
O corpo cansado ao estilo alentejano, procura um banco confortável para recuperar as forças que aínda nem começou a usar.
A cabeça lateja com a mesma intensidade de ontem à noite: altura em que a encostei à almofada na esperança de a fazer descansar. Quero deixar de ouvir estas vozes todas cá dentro, que sussurram e gritam quase em uníssono. Correm como se fossem milhares de particulas histéricas que se esbarram contra as paredes. Tentam saír. Rasgar. Estraçalhar-me o crânio em milhares de pedaços mais pequenos que o pó.
GRITAM em altos berros. Fico surda.

Quero um momento de silêncio, o branco, a leveza. A paz!
As ideias constantes, massacram-me o cérebro: transformado num farrapo velho que a lavadeira esfrega com afinco no tanque de cimento. Áspero, frio, dolorosamente rugoso. Arranha! A dor!
Estou exausta.

Erros do passado e do presente atormentam-no constantemente. As vozes, as frases, as atitudes de que me arrependo, saltam-me aos olhos em flashes de luz. Não os consigo ultrapassar. Não vejo mais nada.
Depois é a vez das dores provocadas por terceiros me cegarem. Passados tão longínquos que já deviam estar esquecidos ainda conseguem saltar até ao presente. Remorsos: do meu silêncio, da minha cobardia, do meu radicalismo.

Entretanto chegam os sonhos e entusiasmos de sempre, de agora e do futuro. Cuja magia cintilante não lhe dá descanso também. A expectativa, a emoção, a necessidade de marcar, de ficar, de ser mais e mais e mais.... Não há permissão para a paz entrar.
Por fim vem o famoso medo... tão preto e firme. Fedorento e nauseabundo como o enxofre e o metano juntos. A bomba que tento ignorar mas aínda não consigo. Nos gestos todos que faço e naqueles que evito... Não consigo fugir-lhe: o erro! Fantasmas que vivem no meu ombro, nos meus calcanhares.

Os sintomas espalham-se pelo corpo: a garganta vive apertada, o estômago anda às voltas e os enjoos são constantes. As mãos suam e dos sovacos caem gotas em forma de enxurrada. A arritmia cardíaca já nem sinto: tornou-se um hábito.

Das coisas que precisam saír daqui, aínda não sei quais são. Ou se calhar, só não as quero encarar! Como só os fortes dos meus ideias o conseguem fazer.
Quero ser como eles! Um dia.... forte e finalmente a paz!
Não falo de felicidade ou tristeza, de amor ou ódio ou qualquer outra emoção forte. Falo de paz, tranquilidade, silêncio: conforto interior!
A ânsia de lá chegar consome-me. A necessidade de encontrar as botas das 7 léguas.... e poder trocá-las pelo chumbo que tenho nos pés. O caminho é lento. E eu sou tão acelerada.... A paciência que só conheço de ler nos dicionários. Vocábulo mais esquisito que não consigo encaixar em mim. O tempo voa e aínda há tanto que quero viver!!! E ele não espera por mim.
O cansaço que me atrasa e acaba por bloquear.
A paz que teima em não chegar.
QUERO FÉRIAS..... DE MIM!!

Monday, August 20, 2007

Não dá para passar em branco!

Estava eu ontem à noite numa luta fora de série para manter os olhos abertos, quando vi uma noticia que me fez despertar (mas só mesmo durante a noticia).

A Administração do Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, prescindiu do dinheiro destinado aos carros novos (sim, os médicos são pobrezinhos e o estado tem de lhes dar $$$ para comprarem mercedes e essas coisas importantes que os impeçam de ficarem subnutridos) dos seus médicos para comprar material neurológico para essa unidade.
Em entrevista no telejornal, um médico da administração dizia que todos os seus colegas já tinham carro próprio e não precisavam de outro. Além disso, como o Hospital não recebeu apoios (sabemos nós muito bem de quem) para actualizar e melhorar a unidade neurológica, decidiram canalizar esses 175 MIL EUROS destinados aos veículos ligeiros, para a melhoria do serviço de saúde neurológica daquele Hospital!

Curiosamente, andei agora na net a investigar mais informações sobre essa notícia e não encontrei nada....
Pergunto-me:
Será que não se deve falar deste momentos de lucidez que algumas pessoas importantes têm???
Será que, numa era em que os nossos dirigentes políticos passaram a saúde para ulitmo plano, eles temam que "ter dois dedos de testa" seja uma doença contagiosa e apareçam mais pessoas com carácter?!

Eu cá, acho que este tipo de atitudes não podem passar em branco e devem ser divulgadas!!!!
Afinal, ainda há uma luzinha ao fundo do tunel ;)

Monday, August 13, 2007

Continuar a Acreditar!

Quando era mais pequena, apelidavam-me de bicho do buraco.
Não falava com quase ninguém, não comunicava com outras crianças e só me sentia bem quando estava entre familiares ou então, sozinha.
Era muito tímida, envergonhada. Vivia no mundo imaginário das princesas e dos afectos. Na minha cabeça tudo devia ser cor-de-rosa e a palavra partilha era tão importante quanto o respirar.
Não me conseguia encaixar em lado nenhum. As crianças gozam com os outros, tiram-lhes os brinquedos e até batem só por desporto. Nunca compreendi isso e não sei alguma vez virei a compreender....

Fui para a escola primária e comecei a fazer as primeiras amizades.
Foi aí que conheci a I. a minha melhor amiga até ao ciclo, altura em que ela conheceu a S. que por todas as características e mais uma se tornou a melhor amiga da I. E eu, lá fiquei num canto, cheia de minhoquices e complexos sem perceber o porquê de já não encaixar nos parâmetros de melhor amiga, ou sequer de amiga próxima...

O ciclo acabou e o secundário chegou. Com ele uma nova escola, onde já não se jogava ao elástico e fumava-se em todo o lado. Um choque tremendo... eu só queria era brincar!
Não queria estar lá e frequentemente chegava a casa a chorar (por dentro) porque queria voltar à velha escola.
Lá andei uns anos ao dEUS dará. Conheci a M. e as outras 3 amigas, mas a M é que era! Uma maluca, sem complexos, com bastante sucesso entre os rapazes lá da escola, e com uma história de vida muito desenvolvida para a idade. Enfim: tinha muito a aprender com ela, sabia que iria crescer. Mas não deu para encaixarmos juntas por muito tempo...

Voltei a mudar de turma. Era a turma B. Só conhecia uma pessoa, o G. Um géniozinho por natureza que pacientemente me explicava aquelas contas todas confusas que tinha de aprender na perfeição para acompanhar o nível de produtividade do resto da turma.
A versão feminina de génio tornou-se também uma amiga especial. Tão especial que fazia parte da minha vida rotineira. Era divertida e muito atinada. Iamos prós copos, tinhamos private jokes e falavamos dos problemas da altura com afinco, durante horas sem fim.
Era muito bom!

Mas a universidade veio e os nossos caminhos separaram-se irremediavelmente para sempre. Eu só vinha aos fins de semana, ela tinha os novos colegas de faculdade que, nunca cheguei a conhecer.
Entretanto veio a M, a I, a C. Entre namorados e emigrações, lá foram todas desaparecendo dum momento para o outro.
Virei-me pros rapazes pois estava farta de não conseguir preencher requisitos de personagem fundamental na vida das minhas "amigas".
Pior emenda que o soneto.... Veio o M, o G e até o A. que curiosamente desapareciam assim que arranjavam uma dama fixa.
E esta madame que sempre foi solterissima (não por vontade) voltava a assombrar-se com as minhoquices do "porquê?" e a arranjar mil e uma coisas diferentes para fazer e assim ocupar o tempo e os pensamentos que estavam destinados aos "amigos"
Porquê é que não consigo cativar? Porque é que não consigo manter?
Como é possivel passar de bestial a besta num ápice? - são questões que sempre me atormentaram.
Nunca tiveram a coragem de dizer e eu nunca tive a inteligência de perceber....

Veio a Y, uma lufada de ar fresco. Parecia tão parecida. Emocionava-se quando eu dizia: "não dou mais do que aquilo que recebo"..... E eu, feita estupida sentia-me contente por imaginar que havia ali alguém para ficar. Talvez pensasse como eu, talvez se entregasse de alma e coração às amizades, do mesmo modo que se entregaria ao amor.... Mas a inteligência nunca foi o meu forte, e o macho que lhe conquistou o coração, também ficou com a parte que era minha....
Nunca mais lhe pus as vistas em cima...
Finalmente, havia quem se safasse e me fizesse acreditar em algo mais profundo: a A. Conheci durante anos, numa convivência fora de série. Pessoa fechada e conflituosa, não tinha muitos amigos... também, não se dava a ninguém que não fosse o home dela. Mas eu sabia que valia a pena e queria mostra-la aos outros. Sabia que todos teriam muito a ganhar... A A. ganhou um terreno incrivel! Ao fim de 6 meses já toda a gente a adorava. Já era a raínha do gang, do dia e da noite, dos homens e das mulheres....
Tudo estava bem. Eu era importante na vida dela, ela importante nas vidas dos meus pedaços, todos se davam bem e eu achava que era a melhor amiga da vida de alguém... Estava em paz.
"o maior cego é aquele que não quer ver", já diz o ditado, e eu sempre fui cegueta.
A A. começa a entrar em paranoias, e tento chegar perto. Falo, ela rosna. Faço festas, ela repele a minha mão com nojo, digo-lhe o quanto ela é importante e ela responde-me que sente falta daquela que a deixou por causa dum gajo....
Diz que não acredita no amor e muito menos na amizade.
O meu coração parte-se em mil, apercebo-me do meu papel de recurso na vida dela e a minha alma evapora-se para todo o sempre.
Afinal de contas por mais que me esforce e que dê o que tenho e o que não tenho, nunca serei indispensável, nunca serei importante, nunca serei a numero 1 na vida de ninguém. Apenas recurso.
Dor maior não me pode acompanhar, pois sempre vivi para as amizades.
De qualquer modo, a vida boa é dos fortes e não me deixarei entrar pelos clichés de "eu não acredito na amizade", pois tenho a certeza que toda esta gente que agora falei, levou com o meu amor total com todas as forças e saberes que conhecia e conheço. Continuo a acreditar na amizade até morrer. Porque sei que todos eles levaram doses grandes de surpresas boas, convites para tudo e mais alguma coisa, partilhas, a minha entrega total, ataques de mimo bons e hiperactividade provocada pela alegria sentida por os ter de perto. Pelo menos a minha amizade, todos tiveram!
Uma das frases da minha vida é: "tens de dar primeiro, aquilo que queres receber depois" Mesmo sabendo que a segunda parte da frase é quase impossivel de ocorrer, não deixo de cumprir com o princípio.

E já que tenho a fama dos julgamentos tiro também o proveito:
Secos e ocos são aqueles que não acreditam na amizade e no amor!
amor, amor, amor

Friday, July 20, 2007

Para que não hajam duvidas!

Sou o 8 ou 80, sempre o disse, nunca o neguei.
Não é por vontade mas sim por natureza!
;)